quinta-feira, 19 de abril de 2007

Res cogitans*

Pois é, a gente se depara com cada pensamento...

Um tempo atrás pensava que eram as melhores notas que faziam a pessoa e que tirar notas boas sempre eram indício de que estudaste e que algo de produtivo havia entrado na cachola. Mas, de uns tempos pra cá, tenho percebido - e isso de uma forma estupenda - o quão pouco eu de fato sei. "Nada sei, desta vida, sigo sem saber..." (laralara... música do Kid Abelha...)

Bom, mas voltando ao "ranciocínio", isso é algo que me deixa com medo, porque demostra que eu posso me esforçar loucamente para aprender algo, mas que isto nem sempre significa que eu de fato terei aprendido...

Lembro de uma professora de biologia do ensino médio, a saudosa e querida Beta, que nos dizia: Continuem a pensar! Continuem senão vocês vão morrer!

Achávamos sempre muito engraçado isso. Mas a experiência de vida dela e o exemplo que ela nos dava, voltando ao banco da facul já em idade de aposentadoria, nos levava a estudar mais...

Enfim, não sei onde ficou todo aquele meu afinco. De repente, fico com medo de estudar, estudar e estudar... e tudo isso ficar em branco na história. Não quero ser famosa ou ganhar muito dinheiro (para fins egoisticamente pessoais), mas quero fazer algo para ajudar os outros - e assim ver utilidade em mim.


Vi ontem uma exposição de fotos sobre a Angola na Reitoria. Foi muito tocante pela simplicidade do povo de um paí tão distante que se alegra com o fim da guerra (que durou 20 anos) - mesmo tendo uma vida difícil e tendo que caminhar 15 quilometros para conseguir água. E daí eu me pergunto: Como podemos ser tão egoístas e ainda pensar em que roupa ou comida iremos usar ou comer, sendo que eles nem sempre têm o suficiente para sobreviver...





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*substância/coisa que pensa

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