domingo, 26 de agosto de 2007

TEMPOS MODERNOS

Ela: Quer casar comigo? Te dou casa, comida e roupa lavada.
Ele: Tenho uma proposta melhor. Eu te dou casa, comida e roupa lavada e tu trabalhas fora.
Ela: Fechado.

Apesar do trecho acima ser uma cena interpretada estes dias por amigos meus em tom de brincadeira, reflete uma realidade bem comum. Rendeu boas discussões callianas esta última semana sobre a posição da mulher versus do homem nos dias de hoje e quais os caminhos pelos quais estamos trilhando.
Enquanto que na época da minha avó, mulher era criada para viver dentro de casa, criar os filhos e não ter muitas ambições ocupacionais, e na época da minha mãe as mulheres queimavam sutiãs em praças públicas, eram feministas e pregava-se o amor livre, atualmente vejo que caminhamos (como comunidade) para um ponto provável de equilíbrio. Digo provável, porque não sei até que ponto o ser humano é capaz disso. Afinal, até mesmo quando estamos tranqüilos e felizes, precisamos criar pequenos entreveros para concretizar nossa felicidade... Mais uma vez vemos o quanto todo ser humano é dúbio e como, quando solto e sozinho, é capaz de arquitetar muita porcaria mesmo.
Mas, voltemos ao assunto original dos papéis humanos: Observo que nós mulheres temos uma grande vontade de mudar o mundo, ao mesmo tempo em que não queremos nos desgarrar do que é nosso, ou seja, do cuidar dos filhos, do feeling que adquirimos pela experiência histórica em criar os pimpuxos (também chamado de inteligência emocional pelos entendidos do assunto), da sensibilidade, enfim. Não estou afirmando que não somos capazes de tudo isso, mas começo a duvidar se nos sentimos (iremos nos sentir) felizes na posição de mãe trabalhadora que deixa sua filha durante o dia com a empregada. Afinal, qual o preço que iremos pagar por isso?
E, aliás, alguma de nós já parou pra pensar qual o papel masculino nisso tudo? Não é de se admirar que muitos homens fiquem confusos por não saber qual posição tomar em meio a tanto querer feminino. Queremos alguém forte ao nosso lado, mas ao mesmo tempo queremos ser forte também. Queremos viver o mundo deles, mas os criticamos por não terem tempo para os filhos e trabalharem demais.
Pergunto-me, até que ponto não somos egoístas e não desvalorizamos o que é historicamente nosso, como o prazer de ver os filhos crescendo e ter tempo para tomar um mate e ouvir os problemas das amigas. Afinal, o que estamos construindo para nós e o que queremos realmente?


*Em tempo: Há mais ou menos uns dez anos atrás o meu discurso seria bem outro. Lembro-me de criticar ferrenhamente a minha mãe por ter desistido de fazer vestibular e cursar uma universidade para estar junto de meu pai. Só fui entender o valor da abdicação dela mais tarde, ao morar com meus avós e ver que a inteligência não se faz somente sentada na cadeira da escola.
Quando vejo meus pais hoje juntos e minha mãe cursando a universidade, só consigo sorrir e pensar: Também quero um futuro assim pra mim!

domingo, 19 de agosto de 2007

A tentativa de uma Primavera (em julho)

Sua tola!
Ainda pensas
como se ontem mesmo houvesse partido!
O tempo, o esqueleto
Nada parece ter mudado
Ao mesmo tempo em que
Tudo mudou

-

Ela te salvou
De mais uma loucura
O sono
revigoroso
chegou para te fazer esquecer o que não foi...

-

Porque choras, bela mía?
Porque choras?
Voltei para os teus braços
Voltei pelos teus almaços
Que tanto sentimento me souberam descrever

-

Queres a mim, antigo amado?
Pois bem
tarde vieste
Nada mais poderá s (e) fazer

-

Bela mía, bela mía!
Não me digas isto!
Um coração tão inflamado
não pode transmitir estas palavras e mudar tão logo!
Por acaso me queres malograr com estes trechos e dilacerar o que meu coração queima em dizer?

-

Ó querido, quantas vezes quis eu ouvir palavras assim de ti
E quanto eu sofri por estar longe!
Mas agora é tarde
Não se pode voltar atrás

-

Ó minha amada, que tragédia a minha
Ao te conhecer não pensava que iria
Um dia sentir com toda intensidade
Queria sim, voltar ao momento em que menti
Em que desmereci tudo aquilo que senti

-

Ó meu caro, agora é tarde
Preciso ir!
Esperei demais por isso
Adeus

-

Ó por favor não vá, cara mía, não vá!
Queria ter mais um último instante
Um último respiro
Que tivesse a duração
De mais de uma eternidade!

-
-
A.E.F. /2007

domingo, 29 de julho de 2007

Um frio de renguear cusco!*

Curitiba esteve tão deliciosamente fria esta última semana que, ou se consegue um cobertor de orelha ou então se opta por líquidos calientes e bons livros. Ainda estou namorando a segunda opção e, para que vocês tenham uma idéia dos meus propósitos e me ajudem a decidir (grins), resolvi postar as opções momentâneas:

Piratas! , de Celia Rees, se passa no século 18 e retrata a história da inglesa Nancy Kington, filha de um mercador de açúcar e escravos e Minerva, escrava negra, que têm suas histórias traçadas pelo destino. A primeira, é levada após a morte de seu pai à Jamaica para se casar com Bartolomeu, a fim de quitar uma dívida de seu pai. Nancy tem seus olhos abertos para a verdade, ao perceber que é tão escrava quanto Minerva. O destino as leva a procurar uma vida mais perigosa, porém mais livre, na qual irão cruzar os mares, lutar tenebrosas batalhas contra seus inimigos e se envolver em arrebatadoras aventuras do coração.

Escrito em primeira pessoa, a autora traz o passado vividamente à tona, discutindo valores éticos e relatando a presença de mulheres em meio (dito) hostil.

Originalmente intitulado "Why men don´t listen and women can´t read maps" (porque os homens não ouvem e as mulheres não conseguem ler mapas), "Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? ", de Alan e Barbara Pease, é um livro que, diferentemente do que vocês estão pensando, não trata de "passos a seguir para conseguir o verdadeiro amor" ou outros livros de auto-ajuda, embora não deixe de estar na sessão de auto-ajuda =P.
Retrata, de forma bem-humorada e sob uma visão científica, as diferenças entre homens e mulheres, mostrando como entender aquelas atitudes insanas - como a possessividade louca que (alguns) homens têm pelo controle remoto e porque eles têm tanto receio das DRs - e assim também resolver estes mistérios dos relacionamentos humanos.

Óbvio que já dei uma folheada e me matei de rir de algumas cenas...


"Muito Barulho por Nada", de William Shakespeare, é uma peça de teatro divertida e engenhosa, como só o grande Shakespeare era capaz de fazer. Como já vi o filme (na época em alemão), morro de curiosidade para ler a peça sob forma de roteiro e pocket.

Ela retrata tanto especificidades da época como o falar rebuscado italiano, assim como sentimentos muito conhecidos pela humanidade como ódio, inveja, intriga, amor e amizade (não necessariamente nesta ordem).

É algo divertido e tocante ao mesmo tempo. Não tem como não se sentir bem depois de ver o filme...
E aí? Qual a opinião alheia???

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Nacional internacional

Não sei se vocês, mas eu não costumo ser muito entusiasta do esporte diário, principalmente o de sentar na frente de um monitor e de perder meu tempo vendo os outros fazendo uso de suas energias com o fim de uma glória temporária. Prefiro usar meu tempo com coisas mais produtivas, como ler algum bom livro.
Mas não consegui deixar de me empolgar com o início dos jogos pan-americanos, mesmo tendo acompanhado parte dos rolos que aconteceram para a sua realização...
O legal é que, apesar dos problemas com as verbas e tudo o mais [que a gente nunca vai saber, pois ninguém sabe de fato tudo que corre por trás dos bastidores], o Brasil está conseguindo realizar um evento deste peso e, ainda por cima, ganhar ótimas colocações. A alegria da vitória, aliás, veio em boa hora, pois sobrepõem-se às lágrimas derramadas pelo acidente aéreo... [Aliás, me pergunto se esta cobertura em massa do Pan não se deve à um acobertamento dos problemas que poderiam/estão transparecer/endo no sistema aéreo!]
Enfim, independentemente do objetivo das coberturas, fiquei feliz em ver o Brasil jogando e ganhando no basquete e futebol femininos. Acho mesmo que os muchachos deveriam ter deixado antes o preconceito de lado, pois as mulheres estão com a bola toda - principalmente no futibas em que se mostraram superior em tática! =)

Alguém conhece algum lugar bom em Curitiba para se praticar basquete?!

terça-feira, 24 de julho de 2007

]--]]-

Pra ser sincera não aguento mais ouvir no acidente da TAM e saber de quanto os familiares das pessoas que morreram estão sofrendo. Parece cruel dizer isso, mas cansei de ouvir e ver os relatos vindos de jornalistas que só exploram o sofrimento humano! Eles fazem com que tudo pareça tão maior, tão incrivelmente anormal neste mundo atual, em que milhares de pessoas morrem todos os dias por falta de comida e água. Explorar o sofrimento humano, pode até ser uma tática viável para a mudança, mas confesso que me sinto mais revoltada com a abordagem que esta sendo feita do que impelida a fazer algo!




Ademais, o sofrimento sempre foi parte essencial para o aprendizado do ser humano. Não quero dizer com isso que acho justo que tantas pessoas sofram por desnutrição e desidratação, mas considero que podemos aprender com os erros dos outros e melhorar o que está ruim. Como Fernando Sabino mesmo fala em Encontro Marcado sobre um dos seus personagens:

De tudo ficaram três coisas: A certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.

É muito fácil querer desistir. Werther, personagem do livro de Goethe, procurou este fim.

O desafio mesmo está em continuar, onde só se encontram escombros. Escombros de sentimentos aos quais só mesmo a esperança de um novo amanhã pode perseverar.

Que sejam encontrados motivos, mas também soluções.

Para que não se tenha que culpar a caixa de Pandora por ter deixado escapar também a esperança salvadora!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pós-fase Zumbi de meia Tigela





Dores musculares, uma dormência quase dolorida e uma sensação de dever cumprido. Acho que isso define muito bem como eu me sentia ao final das minhas férias e também ao me despedir dos últimos encontristas do ENEL. Dizem que quem organiza uma vez um evento de grandes proporções nunca mais será o mesmo. Bom, acho que eles têm razão nisso. Nunca tinha conhecido tantos estudantes de letras junto, nem ouvido tão diferentes sotaques em um só encontro. Estar sempre alerta era o lema dos escoteiros que fazia tempos eu não vivia; e no ENEL me vi, de repente, preocupada com 4 coisas ao mesmo tempo, pessoas doentes que precisavam ser medicadas e levadas ao postinho, servir comida no refeitório, encaminhar pessoas que não eram do evento para algum lugar e dar informações sobre determinados cursos e palestras que ainda iriam ocorrer. Enfim, organizar um evento assim até pode parecer divertido para quem está de fora, mas para quem está dentro a responsabilidade pesa bem mais. As pessoas te cobram medidas rápidas, ameaçam te processar quando algo não dá certo, e exigem que tudo saia perfeito - mesmo quando metade das pessoas que deveriam estar ajudando some e nem dão satisfação sobre isso... Claro que no final você acaba conhecendo uma penca de gente de vários locais do Brasil. Alguns se apaixonam, outros fazem o maior barraco, mas nada se compara ao fato de ter conhecido pessoas que pensam igual ou diferente de você, que te ajudam e que te dão o maior trabalho, que te dão um abraço e dizem muito obrigado quando você pensa em só sentar e adentrar no mundo de Morpheu. E este último gesto, te faz pensar mesmo que todo esse esforço tolo, valeu a pena.


'Bora articular um outro encontro?!?! =P

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mais um aviãozinho...

Como qualquer outro brasileiro, fiquei embasbacada com o acúmulo de pessoas nos aeroportos e com a greve dos controladores de vôo iniciada no ano passado e que nos demonstrou o quanto o Brasil anda precário. Lembro de ter lido na época uma matéria na Veja que falava do superloteamento de pacotes aéreos, dos problemas administrativos e da falta de profissionais que substituissem os veteranos dos controladores de vôo. Afinal, eles estão trabalhando com estresse redobrado, com exigências do povo e também pelo lado do governo.
É engraçado que só agora começamos a ouvir que existe alguma ação mais concreta do governo a isto. Ontem, o ministro da defesa teve uma reunião com a ANAC, Infraero e comando da Aeronáutica pra determinar algumas mudanças, como um aumento de efetivo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (afinal, alguém pode me dizer se eles fazem alguma coisa?! Porque eu tenho visto pouco, pra não dizer nada além de discussões geradoras de poucas soluções!) e um reajuste de 6% pros funcionários que trabalham na Infraero (já que eles ameaçavam paralisar no dia 11, antes do início do Pan). É superirônico e muito sacana o fato do Palácio do Planalto achar que isso foi "cedeu a uma clara chantagem". Tá bem, pode até ter sido, mas será que se os funcionários simplesmente pedissem eles iriam ganhar o aumento???
Apesar de preferir sempre o diálogo à rebelião, acho que tem muita coisa errada aí, e há muito mais tempo e, se o povo até agora não foi às ruas, reclamar dos seus direitos [ao menos, do de ser melhor informado sobre o que ocorre neste país], é porque é burro e muito besta mesmo!
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Falando em atrasos, preciso achar um tempinho para melhorar o blog e contar sobre outras coisas... mas isso vai ter que esperar, já que estou em plena época de curso intensivo de férias, o que significa aulas nos três turnos e, quando dá uma folguinha, estudar e fazer algo para o ENEL. Portanto, um brinde às férias mais corridas ever e um abraço a meus amados aproveitadores do belo clima curitibano! Como eu queria estar entre vocês...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Imim Matsuri

Perdi a possibidade de ir no Imim Matsuri este fim de semana. Droga!

E olha que desta vez ele tava bem pertinho de mim. O evento foi feito no Barigui este ano, provavelmente por falta de espaço na praça do Japão. Já é a segunda vez que quero ir, mas que acabo não indo por falta de tempo ou esquecimento... =(
Que venha o ano que vem então!

Folhas de outono em um templo de Kyoto, no Japão

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Panela de pressão

Sabe aquele dia em que você está pronto para explodir?
Quando você de repente vê que na verdade não pode confiar em ninguém porque sempre vai ter alguém para lhe enfiar uma faca nas costas? Quando todo o bem que você faz a alguém é recompensado por mentiras e/ou omissões?

Sempre acreditei que seria errado colocarmos rótulos nas pessoas e pensarmos somente em nós mesmos. Afinal, o mundo precisa de pessoas que se preocupem pelos outros e que façam mais do que só pensar em si mesmos. Aliás, nunca entendi porque algumas pessoas acham que pisar nos outros poderia levá-las a algum lugar ou que poderia dá-las algum tipo de benefício.
Pois é, cá está a trouxa.
Fui a "pentelha" que não parava de falar que as coisas precisavam ser feitas para que não ficasse tudo pra última hora; fui a chata e quadrada perfeccionista que se importa sim em entregar um trabalho de qualquer jeito; fui a tola de mais uma vez acreditar que encontraria compreensão ou um mínimo de coleguismo no momento em que estava cansada e sem forças.
Pois bem, sua tola! Trate de lamber as suas próprias feridas! Seja mais egoísta, não repasse os seus conhecimentos para pessoas que não o merecem. Pra que ajudá-las se elas querem continuar na burrice??? Pior, vão acabar pisando em você!

Bem que dizem: Quem com porcos janta, só migalhas come.

domingo, 24 de junho de 2007

Alexander (Director´s cut)


"Excess in all things is the undoing of men. That´s why we Greeks are superior. We practice control of our senses. Moderation, we hope.
When men lie together in lust, it is a surrender to the passions and does nothing for
the excellence in us. Nor does any other excess, jelousy among them. But when men lie together, and knowledge and virtue are passed between them that is pure and excellent.
When they compete to bring out the good, the best in each other this is the love between men that can build a city-state and lift us from our frog pond."

Aristotle

domingo, 17 de junho de 2007

E quando a vaca vai pro brejo...*

Pára! O negócio não tá tão triste assim.


Os dias estão corridos, com uma pilha de provas para estudar (A semana que vem será punk! Ao menos uma prova por dia!) e maravilhosos dias de sol lá fora. Anteontem mesmo tinha um vento e um sol... HMMMM!!! Que vontade de sair pulando serelepe e que nem uma doida pelas ruas e caminhos a fora! Ainda mais quando o meio ambiente fica assim...

















... tão colorido!!!

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Mudando um pouco de assunto: Na sexta-feira passada fiquei sabendo da minha professora de inglês oral de que estão chamando estrangeiros para irem pra Alemanha e outros países da Europa para contribuir em pesquisas acadêmicas e estudar lá. Como já estou pensando a mais tempo em fazer minha pós por lá (de preferência na Alemanha: assim já aproveito e visito alguns velhos amici =) ), é claro que fiquei superanimada com tudo isso. Eis uma melhor averiguação em curso.

[Vale lembrar que fazem 9 anos que voltei de lá! Oh, saudade!!!]

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Uma das coisas legais de se caminhar todos os dias são as pessoas que a gente encontra no caminho. É gari, vendedor de bugiganga, zelador de casa, guarda de prédio, cobrador de ônibus,... Alguns são meros desconhecidos, que eu cumprimento ao passar, mas outros tiram troça, jogam conversa fora. Tem o zelador João que sempre me cumprimenta e já quer me fazer parar pra contar a última de um dos seus 4 filhos. Muitas vezes tenho que adivinhar o que ele fala por causa do tráfego intenso da rua e do problema de fala dele (ele engole algumas letras das palavras). Mas eu sempre me divirto também. E não tem um dia (tirando os dias de chuva braba, é claro!) que ele não me acena, chamando-me pelo nome e perguntando: Tudo bem? Outro que faz parte da minha vida diária é o sr. Alexandre, um gaúcho de Banto Gonçalves, exilado já a alguns bons anos por aqui. A gente já proseou bastante sobre a linda terra amada e o povo guerreiro do sul deste nosso país (Quando não conversamos sobre política e as dificuldades do povo brasileiro). O sr. Alexandre trabalha todos os dias perto de um dos pontos de ônibus que passam perto da minha casa. Ele é camelô e conhece praticamente todo mundo aqui da região. É uma pessoa de idade, mas muito guerreira e diz que poderia ficar em casa, com os seus bichos e a sua horta, mas não curte essa coisa de ficar sentado e não fazer nada. Eu ainda vou ter que sentar uma hora dessas com ele e tomar um belo dum chima! =)

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Sexta-feira que vem (22/06) vai ser minha primeira apresentação com o Valentin.
A apresentação vai coroar a minha semana de ambulante estresse. =)

Já estou fazendo até promessas a mim mesma para não me sobrecarregar semestre que vem. Haha, quero só ver!

Pelo que me conheço vou ter que me segurar muito para não pegar matérias da federa além da conta. Mas, tudo bem, acho que estou aprendendo aos poucos...


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Falando em aprendizado:
Eita como Deus trabalha na gente, hein?! Sério, quando eu penso já ter aprendido tudo, Ele chega e me mostra o quanto tem de cimento faltando nas bases.
Glórias!!! Glórias!!!
...mesmo que me rasge a alma...
(Rm 8:28)

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* Dizem que a expressão teve origem na Índia. Como todo mundo sabe, os indianos têm os seres ruminantes, em especial a vaca, como sagrados. Ninguém pode comê-las, maltratá-las ou fazer coisa parecida. (Ou seja: eu só iria pra lá à visita. Imagina passar uma vida sem comer churrasco!!! =0) E a Índia possui grandes banhados, onde é produzido muito do que se come or lá. Como os churrasquinhos ambulantes andam soltos (Oh, pleonasmo!), acontece de, volta e meia, um ou outro ficar preso no brejo. E aí, meu bem, haja força pra tirar o bichano de lá!!!

Fonte: Programa Origens

domingo, 20 de maio de 2007

+ coisas de Curita

Além da torre e do parque Barigui, existem muitos lugares bem legais para se visitar por aqui:

Um dos lugares que eu melhor conheço (até porque passo praticamente todos os dias por ali) é o Largo da Ordem, conhecido por ser o centro histórico de Curitiba. É igreja católica pra um lado, museu e galeria de arte pro outro, outras igrejas, e o centro comercial pertinho dali.

Arte nas ruas - Painel de Poty Lazarotto

Ali ficam também o Bar do Alemão e a Casa Lilás. Aliás, supermegarecomendo a visita a esta casa! É um lugar aconchegante, com galeria de arte e com um restaurantezinho nos fundos que é um primor! Passei uma tarde das minhas últimas férias lá, sentada com Dé, Mariana, Ciro e Maricel, comendo bolo de choco e ouvindo o som dos passarinhos enquanto um vento suave passava por nossas cabeças. Gente, que vontade de quero mais!!!

Outro lugar muito legal de para se visitar e passar hooooras lá é o MON - Museu Oscar Niemeyer, vulgo Museu do Olho. Ele é meio que marca registrada de Curita e sempre abriga as maiores coleções de arte lá. O próprio museu já é uma obra de arte.

MON à la Rô

O Museu Paranaense, que fica perto do largo, também é bem legal, principalmente pra quem curte saber mais sobre o estado e a cidade em si.

Ah, e sem citar os parques que fazem dessa cidade realmente uma das melhores de se viver - apesar do, coff, coff, trafego e dos ruídos enervantes produzido pelos carros (defeito de cidade grande). Além do Barigui, tem o Tanguá [lindo e belo com seus verdejantes caminhos e água refrescante*] e o Bosque do Alemão









[com um animado e refrescante caminho de Mariazinha e Joãozinho].

Os outros parques eu ainda não visitei, então não tenho como dar comentários sobre isso... Assim que eu for visitando, eu vou postando aqui... =)

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* Lembrança de um dia ensolarado de Páscoa (de um ano atrás), com uma pessoa querida ao meu lado. Muito papo, passeio com direito a gruta, e picnic. Grande dia!!! Obrigada por uma das melhores Páscoas que eu já tive, Rafa!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

MacGyver versão feminina

Nada melhor do que ter uma MacGyver em versão feminina em casa, que conserta tudo que vê pela frente e somente em casos extremos chama um especialista. O conserto pode ser referente a vários expoentes, e vai desde uma máquina de lavar quebrada, passando por dificuldades nas atividades domésticas e dores localizadas na região do mediastino decorrentes de fatores psicológicos. O conhecimento advém um pouco por genética, mas a maioria por experiência de vida e sabedoria. Tudo muito temperado com um ouvido atento e braços que alentam.

Sonho em, um dia, me tornar, ao menos, metade do que ela é.

Querida mãe! Parabéns pelo seu dia!

domingo, 6 de maio de 2007

É sempre legal quando a gente acaba fazendo algo bem diferente no dia do próprio aniversário. Como minha mãe estava aqui em Curitiba, resolvemos ir dar uma volta no Barigui logo de manhã. Claro que o parque estava cheio, com o céu sem nuvens que Deus me presenteou. Depois de tomar uma boa dose de sol e vento nas madeixas, voltamos para o almoço para mais tarde nos aventurarmos na Torre Panorâmica. É estranho que eu tenha morado mais de 2 anos aqui e não tenha ido até lá em cima antes*. A entrada nem é tão cara assim e a visão vale a pena mesmo! Estar lá em cima e ver os caminhos que percorro todos os dias, a logística dos prédios, a arborização da cidade, o pôr do sol e a pequinez de tudo visto a partir de uma outra perspectiva me fez pensar no quanto somos abençoados! E no quanto complicamos as coisas simples! Discutimos em vez de conversar, sendo que o que mais gostaríamos de ter é a atenção, o ouvido do outro...



____________________________________________________________________ *Aliás, isso é algo que me deixa realmente perplexa: existem muitos curitibanos que não conhecem nem metade dos seus próprios pontos turísticos - se fosse na Alemanha, isso seria um absurdo...

domingo, 22 de abril de 2007

"Perder o entusiasmo provoca rugas na alma!"

Cara, achei muito linda esta frase, quando a ouvi a primeira vez. Eu estava junto com minha vó e minha tia Lia num encontro de corais em Arroio do Padre (RS) e a frase foi dita pelo regente da época. Muita gente hoje em dia procura mexer no próprio corpo, mudar algo aqui e acolá. Mas são poucos os que se preocupam com a sua alma e com o resto dos seus dias. O presente parece ser o mais importante e tudo precisa ser feito para a satisfação do prazer.
Não penso assim, embora, às vezes, admire e inveje um pouco aqueles que vivem assim. Vivem de momento a momento, não se preocupando com o que há de vir. Só não gostaria de estar na pele destes quando vier o final - quando virem o quanto sua vida foi vazia e fútil...

Eu quero fazer mais da minha vida! Ser feliz no presente e no futuro e não me envergonhar do meu passado. E eu acho que posso fazer isso, graças a Deus!
Estou reavaliando meus objetivos. E Deus tem me falado muito ultimamente.
Quero ter um bom emprego, ajudar as pessoas (acho que sendo uma fisioterapeuta ou professora já dá, né?!), morar em algum lugar aconchegante - com uma cozinha maior do que agora tenho, espero! - fazer meu doutorado na Europa e, quando tiver dinheiro o suficiente, adotar uma criança. O doutorado de repente até pode esperar... =) Mas eu com certeza não vou querer morar sozinha! - Ao menos um cão de guarda eu vou ter que ter...
Tá, sonhos tolos de alguém que nem se formou ainda...
Mas, afinal, não é de sonhos que se constrói algo?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Res cogitans*

Pois é, a gente se depara com cada pensamento...

Um tempo atrás pensava que eram as melhores notas que faziam a pessoa e que tirar notas boas sempre eram indício de que estudaste e que algo de produtivo havia entrado na cachola. Mas, de uns tempos pra cá, tenho percebido - e isso de uma forma estupenda - o quão pouco eu de fato sei. "Nada sei, desta vida, sigo sem saber..." (laralara... música do Kid Abelha...)

Bom, mas voltando ao "ranciocínio", isso é algo que me deixa com medo, porque demostra que eu posso me esforçar loucamente para aprender algo, mas que isto nem sempre significa que eu de fato terei aprendido...

Lembro de uma professora de biologia do ensino médio, a saudosa e querida Beta, que nos dizia: Continuem a pensar! Continuem senão vocês vão morrer!

Achávamos sempre muito engraçado isso. Mas a experiência de vida dela e o exemplo que ela nos dava, voltando ao banco da facul já em idade de aposentadoria, nos levava a estudar mais...

Enfim, não sei onde ficou todo aquele meu afinco. De repente, fico com medo de estudar, estudar e estudar... e tudo isso ficar em branco na história. Não quero ser famosa ou ganhar muito dinheiro (para fins egoisticamente pessoais), mas quero fazer algo para ajudar os outros - e assim ver utilidade em mim.


Vi ontem uma exposição de fotos sobre a Angola na Reitoria. Foi muito tocante pela simplicidade do povo de um paí tão distante que se alegra com o fim da guerra (que durou 20 anos) - mesmo tendo uma vida difícil e tendo que caminhar 15 quilometros para conseguir água. E daí eu me pergunto: Como podemos ser tão egoístas e ainda pensar em que roupa ou comida iremos usar ou comer, sendo que eles nem sempre têm o suficiente para sobreviver...





______________________________________________________
*substância/coisa que pensa

domingo, 15 de abril de 2007

"Fisolofia Peppermintiana"


Estranho, mas começo a simpatizar com a idéia... =)
Afinal, notas não são pré-requisito para se diagnosticar a inteligência de alguém...

sábado, 7 de abril de 2007

*

"Se as coisas nem sempre saem como a gente quer,
é por que Deus quer que a gente aprenda mais com isso.
Não deves te criticar por isso...
pois foi Deus quem colocou aquela dificuldade na tua frente."

-> Msn, sexta pra sábado, conselho de uma boa amiga!

domingo, 1 de abril de 2007

Palavras ao vento - soltas que nem sereno*

Uma palavra, um suspiro, um pensamento
Tão furtivos
Mas estão lá,
quietinhos,
Esperando o melhor momento
Para te surpreender.

===================================================
O levantar pálido
A dor ardente
O caminhar falho
A boca doente
O cigarro apagado
A vida perente
Você sofre
Mas o mundo (des)mente.

===================================================

Bicho-cabeça
Papo-cabeça
Porque a necessidade de falar em vez de fazer?
Bobagens pensadas
Bobagens repensadas
Bobagens não feitas
Porque pensar previne o mal-fazer!
===================================================
Amar sem ver
É crer que pode ser
É ser e não ter
É não esquecer de viver.

===================================================

Obrigada por ter me feito ver
A fraqueza do meu ser
A figura que sem querer
Eu me tornei sem ver.
________________________________________________
*Retrato da semana (A.E.F.)

domingo, 25 de março de 2007

Veridigno*

2ª feira vi algo tão belo que preciso contar:
Um homem parado em frente à um banco, vestido de terno e gravata, com idade entre 30 e 40 anos. Do outro lado, um passarinho, da espécie provável João de barro, cor de barro (ou seja, marrom) mesmo, cantando sobre a grama.
A relação?
Um estava olhando para o outro, prolongadamente, como se estivessem em um diálogo particular e quase inacessível aos outros.
Sério, só isso já valeu meu dia.
________________________________________________________
* Palavra produzida ("inventada") na madrugada de ontem.
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