domingo, 25 de março de 2007

Veridigno*

2ª feira vi algo tão belo que preciso contar:
Um homem parado em frente à um banco, vestido de terno e gravata, com idade entre 30 e 40 anos. Do outro lado, um passarinho, da espécie provável João de barro, cor de barro (ou seja, marrom) mesmo, cantando sobre a grama.
A relação?
Um estava olhando para o outro, prolongadamente, como se estivessem em um diálogo particular e quase inacessível aos outros.
Sério, só isso já valeu meu dia.
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* Palavra produzida ("inventada") na madrugada de ontem.

Ter x Ser


VOCÊ PODE TER A CASA REPLETA DE AMIGOS,
PAREDES E PISOS COBERTOS DE BENS.
TER UM CARRO DO ÚLTIMO TIPO
E ANDAR CONFORME DER NA CABEÇA.
OU PODE ATÉ SER O CARA QUE VIVE APERTADO,
E ATÉ MESMO DENTRO DE UM LOTAÇÃO,
CURTINDO ASSIM MESMO O FIM DE SEMANA
AO ANDAR CONFORME DER NA CABEÇA.

MAS SEMPRE SERÁ COMO FOLHA NO VENTO,
ESPERANDO O MOMENTO DE CAIR.
VOCÊ PODE TER TUDO AQUILO QUE SONHA(AR)
MAS NUNCA TERÁ A PAZ QUE EXISTE LÁ DENTRO,
QUE NÃO SE ENCONTRA PRA PODER COMPRAR.
PORQUE ESSA PAZ SÓ TEM A PESSOA
QUE SE ENCONTRA COM CRISTO!
[Enfim, são 20 anos de vida de fé e a metade deles em tempo de confirmação. Nenhum dia ele me deixou sozinha. E sempre esteve ao meu lado, apesar das maluquices que pudesse aprontar.]

terça-feira, 13 de março de 2007

Chuva, tênis retirado do armário, prova e um seminarista todo torto

Tá, o que que isso tem haver com o meu dia de hoje?
Ah, simplesmente TUDO.
Primeiro começou a chuver desde o começo do dia, o que considero muito bom - afinal, já estava ficando cansada de ouvir as pessoas reclamando do sol. Aliás, tem alguma coisa sobre a qual o povo mais reclame do que o tempo?!
Então, o fato é que, como o saci pererê passou por minha barraca durante o carnaval e roubou 1 dos meus tênis, precisei de algo que não escorregasse nem molhasse durante a minha caminhada até o centro (segundo dados do Fantástico, perdi cerca de 300 kcal nisso tudo). Logo, lembrei do tênis do ano passado que estava quase com teias de aranha. De tanto tempo que já estava parado. Mero detalhe ele já estar desgastado e meio amarelado pelo uso... Mas antes um pé quente e seguro do que molhado e escorregadio...
Como já de costume vou pensando no caminho no que ainda preciso fazer, o que preciso estudar. Amanhã tenho uma prova e pelo jeito ainda terei algumas coisas a mais a relembrar. Não sei porque, mas nunca dá tempo de ver tudo... Perfeccionismo pra que te quero?!
Saio dos meus devaneios e vejo a minha frente um homem, bem vestido, carregando uma mala e uma pasta, andando todo torto. Fiquei com pena dele e também com dores na lombar só de ver ele naquela posição. Não teve jeito. Fui lá perguntar a ele se queria ajuda. Ele ainda foi gentil, me ofereceu a pasta para carregar. Mas eu insisti e o ajudei a carregar a bagagem um pedaço do caminho. Nisso fiquei sabendo que ele é seminarista, vindo de longe, e que estava desde o almoço esperando na rodoviária por alguém que fosse buscá-lo! Os padres o esqueceram!!! Me contou que conseguiu sair da rodoviária e estava procurando por alguma das paróquias, pois ele já havia parado em uma ou outra e disseram que não o admitiriam porque hoje os padres estavam de folga! Pode isso?!?!?!
Espero que ele tenha conseguido um bom lugar...

Cantadas...

- Oi. Tudo bem. Mas que gatinha...

- E aí... Cachorrinho tem telefone?

Ah, vão ser mais criativos, né, homens! Por favor!
Se ainda decorassem umas frases de Vinícius...


sábado, 10 de março de 2007

Me organizando desorganizo o mundo

Num dos raros momentos em que ainda acho um tempo para ver TV, vi no canal Futura um programa feito por graduandos em jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Eles explicam direitinho o que é a loucura, como a sociedade lida com ela, e retratam de uma forma muito impressionante qual o ponto de vista dos próprios loucos.
Um dos trechos que achei mais legal foi quando abordaram o fato de que:
"A sociedade marginaliza ladrões e loucos porque não se enquadram no modelo ideal dela. Assim, ela os aprisiona em manicomnios e prisões porque não quer ver uma parte de si mesma..."
Se formos bem francos, admitiremos que temos loucurinhas embutidas, disfarçadas e amainadas. Sabemos que isso vai muitas vezes contra aquilo que se chama de normal e por isso procuramos guardar, literalmente esconder, isso de nós mesmos.

Durante as últimas férias de carnaval acampei e participei de algumas palestras no Encontrão. Tirando o fato de eu ter revisto muito gente legal, eu aprendi coisas valiosíssimas para a minha vida. Como, por exemplo, a diferença entre amar e tolerar:

Tolerar é o discurso politicamente correto dos dias de hoje. Cada um tem a sua própria verdade, ninguém precisa convencer ninguém. Afinal, ninguém quer ficar de mal com ninguém. E para isso porque não ter conversas triviais e profundamente superficiais?! Assim estabelecemos as nossas próprias verdades, as nossas próprias crenças, esquecendo de medir as consequências... E agora? Será que alguém vai te ajudar quando estiveres no fundo do poço? Pra que? A tua verdade não é a soberana?! O mundo é cruel e invertido...

Amar não é odiar aquele que é diferente. Amar é ser intolerante, é se importar com o outro. Amar não é mudar o outro, mas estar ao seu lado quando ele precisar de ajuda e quiser mudar.

quarta-feira, 7 de março de 2007

E qdo bate...

- Vão te dar comida por ter sido atropelado?
- Sim.
- Então eu vou ali me atropelar um pouquinho.


Saudades do tempo de Chaves...
O mundo infantil era tão mais simples!

O dia em que meus pés sofreram as consequências - uma semireflexão física

Podia ser mais um dia normal como outro qualquer. Mas logo hoje resolvi que queria vestir os chinelos estendidos que minha avó havia me dado de natal uns 2 anos atrás. Porque será que eu não os usava? Me perguntei e segui caminho. Já na metade do caminho para o centro (eu estudo letras na federa à noite), comecei a sentir umas agulhadas no meu antepé. Como é usual, não dei muita atenção para o meu pé e segui caminho. Ah, se eu tivesse ouvido o aviso...
Chegando no prédio, fui até o banheiro para tratar da causa: Haviam se formado duas lindas e roliças bolhas no peito dos meus pés. Será que água ajudaria? Não, ardia mais ainda. Papel? Hmm, acho que não. Arde ainda. Entrei em sala com dois papéis de toallete enrolado nas tiras dos chinelos. Ahh, que maravilha... Ao menos posso esticar os pés e retirar o incomodo temporariamente. No intervalo, peguei o elevador (pedindo pra não ser presa por estes assassinos sem sensor!) e me encaminhei para a cantina para ver se alguém poderia me arranjar uns bandeidis. Descobri que a cantina reitórica não só é power no seus preços, mas também tem uma espécie de primeiros socorros - quase uma mini-farmácia, por assim se dizer. Tremendamente aliviada consegui os meus protetores bolhais.
Mas ainda havia o retorno para casa.
Pensando que não tinha mais dinheiro para o ônibus, me pus logo a caminho.
Inteirada na conversa com Jeff (conhecido mais como Manoel, mas que tem cara de Jeff!) me esqueci momentaneamente do que me afligia. De repente, percebi que eu devia ter virado naquela outra rua... tudo bem, eu viraria na próxima.
Já sozinha, percebi que a noite estava mesmo linda, a lua grande e perfeita, as estrelas brilhando.
Para encurtar a história, acabei demorando o triplo do tempo para chegar em casa. E os pés? Bem, as bolhas se tornaram em belas feridas.
Decididamente tem coisas que é melhor a gente não guardar.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Se estranhando...

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Pois é, pois é... tem dias que a gente acaba olhando pro lado e pensa: quem é este/esta aí?!
E se ainda lembrar que ninguém conhece a si próprio por inteiro...
Comecei a me estranhar quando percebi que não conseguia deixar o volume na altura de números ímpares (com exceção dos números da tabuada de 5)... Depois, seguiu-se a isto a extrema vontade de fazer acontecer no meio da madrugada - não há horário melhor para ter um encontro com Valentin e para cozinhar!!!
Soma-se a isto, é claro, hábitos antigos que não cabem aqui serem mencionados...
[não malicie meu querido leitor (por acaso existes?!), não é para tanto...]

**********************Fim da transmissão************************
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